Por mãos também que já foram rosas
Suaves e tristes! Rosas que as amadas,
Mortas também beijaram suspirosas.
Umas rubros e vãs, outras fanadas,
Mas cheias de calor das amorosas...
Sois aroma de almofadas silenciosas
Onde dormiram tranças destrançadas.
Umas brancas, da cor das pobres freiras,
Outras cheias de viço e frescura,
Rosas as primeiras rosas derradeiras!
Ai ! Quem melhor que vós, se a dor perdura,
Para coroar-me rosas passageiras,
O sonho que se esvai na desventura?
Alphonsus de Guimarães.
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